Larissa Glass
Pele clara e cabelos castanhos e grandes olhos verdes Rosa quando pequena era conhecida como Branca de Neve. A nossa Branca de Neve cresceu, se formou em música, Línguas e Artes. No feriado de Corpos Cristian, reencontro um conhecido que quando pequenos viviam se implicando. Ela havia se transformado em uma linda mulher em seus 1,62 de altura, chamava muito atenção por seu olhar sempre marcante suas roupas escandalosas e seu lindo par de pernas! Ele, 1,90 olhos verdes pele morena clara, chamava atenção por seu porte seu belo sorriso e por seu carisma incomparável.
Desde reencontro se iniciou um longo período de paquera que foi concretizado no Ano Novo, em uma festa em família, quando então ela resolveu ceder aos encantos de seu príncipe encantado.
Depois do namoro veio o casamento, com o casamento os seus filhos. Mãe de sete filhos os seus “grandões”, ela fica pequeninha no meio das sete partes do seu coração como ela diz.
Professora de Inglês, de Arte, Cerimonial e Secretariado, Rosa Clecir sempre dividiu seu tempo com as escolas e a casa. No Colégio é elétrica vive inventando moda, festa típicas americanas são comemorada todos os anos unindo as duas disciplinas, ela coloca seus alunos para produzir e ajudar na montagem das festividades.
O que mais gosta é de viver e criar dentro da arte, e fazer e ver acontecer, montar eventos com uma razão especial, homenagear as pessoas.
Responsável por toda a questão de cerimônias do Colégio Estadual Regente Feijó de Ponta Grossa, toda formatura é personalizada de acordo com as turmas que se formam. Em todo o processo alunos e professora decidem juntos as questões da cerimônia, no grande dia ela vive só para isso. O celular? Fica na armário é o momento que ela se sente completa e esquece de todos os problemas em sua volta.
A música faz parte de sua vida desde os cinco anos de idade quando começou a estudar piano, após doze anos de estudo se formou em música pela Academia de Música de Ponta Grossa aos 17 anos começou a dar aula particular em casa. Parou quando teve sua quinta filha devido falta de tempo. Ainda nova Rosa formou um grupo que tocava em missas e Casamentos, com dois senhores, que hoje a quase 50 anos ainda tocam junto, um violinista de 93 anos e um vocalista. Além dos Casamentos Rosa Clecir Glass toca em cerimônias da Cidade faz parte da Apla (Academia Paranaense de Letras e Artes) como colaboradora de música, na qual já foi premiada diversas vezes como destaque, a última homenagem recebida foi no ano de 2010 quando seu nome foi sugerido por unanimidade para a premiação de melhor pianista da cidade. Recebeu homenagens também da Igreja São José como organista mais antiga, onde começou com 14 anos junto com a família Andreatta. E agradecimento por estar cooperando e contribuindo com a cultura e a Arte da cidade pelo Proex ( Extensão Universitária de Artes de Ponta Grossa).
No Colégio a professora tem o Grupo da Rosa um coral realizado com os alunos que se apresentam na Escola e em eventos culturais da cidade. Desde coral muitos alunos deram sequencia na vida musical como foi o caso do Tenor Fernando Munhoz que fez algumas apresentações no Faustão e foi para Itália se especializar.
Dona de uma criatividade invejável, Rosa tem total liberdade para inventar e criar no trabalho, e ela utiliza-se muito bem desta liberdade. Festas, eventos, homenagens, são alguns exemplos do que ela realiza. Sempre alegre e muito falante ela se destaca entre os de mais professores.
Quando o assunto é vaidade ela não poupa trabalho, não sai nem na esquina com a “cara lavada”. Sempre bem maquiada e arrumada. Adora andar em lojas e ver as vitrines, saber o que está em alta, sapatos (sempre altos), bolsas, cores, tendências tudo ela está por dentro. Mas sempre alerta que nem tudo que está na moda é para você. É necessário usa-la a seu favor, mas com cuidado para não extrapolar e acabar passando por ridícula.
Mas não é só com cuidados pessoais que ela se preocupa, roupa de cama tem um destaque especial, final de ano é sagrado mudar todos os lençóis colchas e cobertas. No último ano seu quarto ficou um quarto de virgem conta brincando, pois deixou ele inteirinho branco. Dos moveis as roupas de cama.
Com um coração gigante, ela é a prova de que em coração de mãe sempre cabe mais um. Guia a sua vida por meio do que ele ordena. Tem um grande senso de justiça e o um instinto de proteger os injustiçados e desprotegidos.
Talvez por este motivo quando mais nova, pensava em cursa Direito, porém acabou cursando Artes e Letras na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Pós graduada pela Universidade Espírita de Curitiba defendendo a tese de uma Metodologia Cientifica para diminuir o número de reprovações no Colégio Estadual Polivante.
Mãe de sete filhos nem sempre foi fácil conciliar a vida profissional com a pessoal, filhos sapecas viviam aprontando nos colégios, o que a deixava com muita vergonha. Sete personalidades diferentes, em sua maioria fortes, sempre ficava divida quando rolava uma briguinha entre os irmão. O que sempre gerava mais briga entre eles, pois todos acham que ela preferia o outro.
Mas ela garante que seu coração é divido em sete partes iguais e fica tranquila quando vê todos juntos.
Apesar de todas as dificuldades de ter criado as crianças com marido doente que veio a falecer em 2003. Rosa garante que não se arrepende de ter dito tantos filhos.
Mas nem tudo foi fácil ou flores na caminha desta guerreira, com a doença do marido que apareceu logo depois do nascimento do quinto filho. Seu marido passava a maior parte do tempo em casa devido à doença enquanto ela trabalhava nos três turnos da Escola (manhã, tarde e noite) e nos finais de semana com Casamentos, para sustentar a todos. Em um período contou com o apoio financeiro da mãe.
Porém o mais difícil para ela foi ver a bebida do marido e droga do terceiro filho dividir a família. E com isso perder lindos momentos da vida das suas filhas (ambas morram há 11 anos em Curitiba). E ver seus sonhos sumir na fumaça do crack de mãos atadas.
Hoje com 60 anos Rosa Clecir Glass trás, uma longa caminhada divida entre a fama que a carreira lhe oferece e a dor de ter lutado durante muitos anos contra a droga do filho sem ainda uma esperança de vitória.
Os de mais filhos se dividem em momentos que a apoiam e a condenam, por nunca desistir de trazer de volta seu filho. Seu Lysandro que um dia sonhou em ser médico, e hoje ela o vê de uma forma muitas vezes desesperadora, sem saber mais o que fazer para ajuda-lo e lhe dar de volta o prazer e o amor pela própria vida.
Mas Rosa não desiste, sofre por tudo e por todos, mas ainda tem fé e esperança que verá novamente seus sete “grandões” reunidos em voltada de uma mesa rindo e brincando como quando eram pequenos. E quem sabe um dia este sonho da nossa pequena princesa não se torne realidade? E Ela então possa viver feliz para sempre!